VIP – Value Improvement Practice
Vimos em recente artigo aqui no Blogtek, as diferenças entre Lições Aprendidas, Boas Práticas e as VIP – Value Improvement Practice. A respeito das VIP – Value Improvement Practice, vimos que estas são resultado de um trabalho estruturado e organizado, e que para cada uma delas há objetivos definidos, e momentos adequados de sua aplicação.
VIP – Value Improvement Practice – Introdução
VIP (Value Improvement Practices) são procedimentos formais e estruturados os quais, quando adequadamente aplicados, ajudam a atingir as metas de projeto, relativas a Custos, Prazos e Operabilidade, de acordo com os requisitos de Saúde, Meio Ambiente e Segurança.
VIP’s são esforços focados que transcendem as Boas Práticas de Engenharia.
A Metodologia dos Portões (já abordada aqui no Blogtek), onde são estabelecidas as fases do projeto, é mandatória para o sucesso das VIP’s. Sem esta metodologia, as VIP’s não contribuem com todo seu potencial.
Fator crítico de sucesso é a Seleção e Planejamento das VIP’s. Os benefícios das VIP’s dependem de sua utilização no momento oportuno do Projeto.
O Processo de Seleção das VIP’s e seus resultados devem ser formalmente registrados.
VIP – Value Improvement Practices – Resumo das mais comuns
As seguintes práticas foram estatisticamente analisadas e validadas, pelo IPA (Independent Project Analysis) e por outras organizações da área de Consultoria em Projetos, e são usadas na Petrobras, e, de forma geral, em empreendimentos da área de óleo e gás:
1. Seleção de Tecnologia: busca assegurar que tenham sido consideradas todas as alternativas tecnológicas para o Projeto. Busca identificar a tecnologia mais adequada ao projeto, em termos dos parâmetros considerados mais relevantes para o Projeto, em termos de Custo, Prazo, Operabilidade, Confiabilidade, Segurança, Qualidade. Esta prática sistematiza e otimiza a pesquisa e busca de tecnologias.
2. Classes de Qualidade de Planta: visa estabelecer qual classe (padrão) de qualidade das instalações atende aos requisitos do Projeto em termos de possibilidade de expansão, manutenibilidade, segurança operacional e confiabilidade. Alinha as características da planta aos objetivos do Projeto.
3. Minimização de Resíduos: é uma Prática extremamente importante no cenário de restrições ambientais. É o estudo feito em cada fluxo de processo, para identificar a formação de resíduos do processo, e como estes podem ser minimizados ou eliminados, ou ainda, transformados em subprodutos comercializáveis. Minimiza os impactos ao meio ambiente, e facilita o licenciamento ambiental.
4. Customização de Normas e Especificações: Indispensável em projetos internacionais, para garantir que normas devem ser utilizadas, e verificar a compatibilidade entre normas de diferentes países. É também aplicada para assegurar que os custos das instalações não sejam aumentados, através da aplicação de normas e procedimentos que possam exceder as necessidades reais da planta. Diminui a quantidade de documentos, e lhes dá consistência.
5. Simplificação de Processo: identificação de oportunidades de eliminar equipamentos ou diminuir seu porte, combinando etapas do processo de forma a otimizar custos, prazos e operabilidade. Reduz o Life Cycle Cost (custo do ciclo de vida) do Projeto
6. Engenharia de Valor (Análise de Valor): consiste em sistematicamente avaliar as funções do Projeto, identificando o que é essencial ao escopo, buscando obter o menor custo, e eliminar o que não agrega valor. Reduz Custos de Investimento (CAPEX) e Custos Operacionais (OPEX). 7. Modelagem de Confiabilidade do Processo
8. Manutenção Preditiva: estuda detalhadamente o monitoramento do processo, para melhorar a operabilidade e a manutenibilidade da planta, otimizando os requisitos de manutenção. Investe na busca de mecanismos de identificação precoce de falhas, buscando evitar paradas desnecessárias. Aumenta o tempo de campanha das unidades e diminui os prazos de manutenção.
9. Projeto para a Capacidade Estabelecida: busca evitar “fatores de segurança” desnecessários, ou seja, projetar de forma adequada à capacidade máxima dos equipamentos, sem estabelecer margem adicional para eventuais ampliações improváveis de ocorrerem. Reduz o investimento, e otimiza os custos operacionais.
10. Otimização Energética: procura otimizar o uso de energia, através de melhorias no balanço térmico e energético do processo. Reduz o consumo de energia (parte integrante do OPEX)
11. Definição e Aplicação de Ferramentas de TI e CAD 3D: extremamente importante me projetos de ampliação de unidades, para evitar interferências entre as novas instalações com as existentes, procura otimizar também as sequências de construção e montagem através da modelagem 3D, facilitando o planejamento e execução da construção. Facilita o detalhamento do projeto, e o treinamento dos operadores.
12. Revisões de Construtibilidade: VIP mandatória para grandes Obras. Avalia sistematicamente o projeto básico e de detalhamento, buscando identificar implicações na facilidade construtiva durante a montagem. Reduz o prazo de construção e montagem, aumenta a segurança das operações de montagem.
VIP – Value Improvement Practices – Características
Entre essas 12 VIP’s, cerca de 30% a 60% devem ser selecionada para cada projeto (de 3 a 7 VIP’s). Cada VIP tem um determinado momento ótimo de utilização durante o projeto. No Plano de Implementação das VIP’s, o qual é um capítulo do Plano de Execução do Projeto, a equipe do projeto irá definir porque foram selecionadas estas VIP’s, e que critérios foram utilizados.
VIP – Value Improvement Practices – Quando e Porque aplicar
VIP – Value Improvement Practice – Ganhos na utilização
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