Petronas Towers
Petronas Towers – histórias de grandes projetos: Petronas é a empresa nacional de óleo e gás da Malásia, que ocupa uma das duas mundialmente conhecidas torres. Neste artigo iremos conhecer um pouco da história deste projeto bem-sucedido… em contraponto a inúmeros projetos malsucedidos já abordados aqui no Blogtek, tais como o Boston Big Dig, a caravela dos 500 anos, Ópera de Sydney, fracassos alemães. Se você quiser ser notificado dos próximos artigos, cadastre seu e-mail aqui abaixo, em Assine o Blogtek! SEU E-MAIL NÃO SERÁ USADO POR TERCEIROS.
Petronas Towers – características técnicas
Petronas Towers estão localizadas em Kuala Lumpur, capital da Malásia. A ideia de sua criação veio no início dos anos 90: o então Primeiro Ministro Mahathir Mohamad queria uma obra que simbolizasse a pujança de seu país, naquele momento histórico do crescimento dos chamados “tigres asiáticos”. Inicialmente idealizada para ter 88 andares e uma altura de 427 metros, manteve o número de andares, mas teve sua altura acrescida para 452 metros, quando se deu conta de que viria a ser o mais alto edifício do mundo, através do acréscimo de um domo ao seu topo. Com este acréscimo, as Petronas Towers ultrapassaram as Sears Towers, naquele momento o mais alto edifício do mundo. De fato, em se considerando o padrão habitual de pé direito da maioria dos andares dos prédios convencionais de 3 m, as torres teriam pouco mais de 88 x 3 = 264 m, portanto a concepção arquitetônica do arquiteto argentino César Pelli foi bastante não convencional. O projeto arquitetônico foi escolhido através de concurso.

Petronas Towers – predominando na vista de Kuala Lumpur
Na altura dos 41º e 42º andares foi construída uma ponte de dois andares interligando as torres, a 170 metros de altura, com 58 metros de comprimento, pesando 750 toneladas, e não ligada rigidamente às torres, para evitar a quebra da estrutura em função da movimentação das torres em função dos ventos e não comprometer a estrutura da ponte.
Uma vez definido o local, iniciou-se o levantamento geotécnico do solo, e deu-se conta de que o solo era constituído de calcário e rochas frágeis, o que obrigou à colocação de 104 estacas concretadas, de 61 a 114 m!! Para evitar falhas e descontinuidades, a concretagem destas estacas foi feita de uma só vez (32.500 toneladas de concreto), durante 54 horas, o que representou um caminhão betoneira a cada 2,5 minutos, o que constitui um recorde mundial.
Petronas Towers – características gerenciais (a competição)

Petronas Towers – vista interna
Pela magnitude do projeto, o governo decidiu fazer a licitação em duas etapas: proposta técnica e proposta comercial. Das nove licitantes, duas não passaram na fase de proposta técnica. Para a fase comercial, cada empresa ou consórcio tinha que necessariamente incluir uma empresa local, com forte participação no processo de engenharia e construção, como forma de obter transferência de conhecimento, e havia uma condição sui generis: cada empresa tinha que apresentar três propostas, uma para o conjunto de ambas torres, e uma em separado para cada torre.
Ao analisar as propostas (note que este modelo seria praticamente inviável sob a lei 8.666), observou-se que não havia vantagem significativa em fazer um contrato único para as duas torres, e, portanto, foram entregues uma torre e a ponte de ligação a um Consórcio predominantemente coreano, e a outra torre a um Consórcio majoritariamente japonês.
O Japão emergiu e conseguiu se consolidar após a derrota na Segunda Guerra Mundial, e tem diversas questões não bem resolvidas com a China, donde subsiste forte animosidade entre chineses e japoneses. Ainda que para nós ocidentais os indivíduos se pareçam muito, confundi-los pode gerar reações bastante adversas.
A Coreia do Sul também passou pela Guerra da Coreia, a qual dividiu o país em duas partes, as quais tecnicamente ainda estão em guerra, pois não foi assinado nenhum tratado de paz.
Portanto, são dois povos extremamente competitivos, e a divisão contratual gerou uma disputa pela melhor execução e cumprimento do prazo. Felizmente, os valores da cultura oriental permitiram que esta disputa ocorresse sem comprometer a qualidade dos serviços e os aspectos de Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS).
Ao final, apesar de lidar com um pacote um pouco maior, pela inclusão da ponte de interligação, o Consórcio Coreano conseguiu terminar a sua parte com cerca de um mês de antecedência em relação ao Consórcio Japonês.
Petronas Towers – números
Custo: US$ 1,6 bilhão
Início dos trabalhos geotécnicos: Janeiro/1992
Início da construção: Março/1993
Conclusão da construção: Março/1996
Inauguração: Agosto/1996
Área útil: 395.000 m²
Altura: 452 m
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