Metodologia para a Tomada de Decisões – parte 3 – AHP
Nos dois últimos posts apresentamos a Metodologia para a Tomada de Decisões, AHP, Parte 1 e Parte 2, onde a metodologia AHP (Analytical Hierarchy Process) foi explicada com base em um exemplo. Ao final da Parte 2, foi proposto um exercício, cuja solução transcrevemos a seguir.
Em um próximo post, iremos abordar outra ferramenta para tomada de decisões: a Árvore de Decisão. Para ser notificado da publicação deste post, cadastre seu e-mail aqui no topo do Blogtek, à direita. Seu e-mail NÃO será usado por terceiros.
Dados do Problema:
Para optar entre a aquisição de um Hyundai i30, um Toyota Corolla e um Honda Civic, considere:
Os critérios a serem utilizados são: Consumo (km/l), Preço de aquisição (R$) e Estilo (qualitativo).
O preço de aquisição (dados fictícios) é de:
R$ 64 mil para o i30, R$ 72 mil para o Corolla, R$ 75 mil para o Civic.
O consumo de cada um é (dados fictícios):
10 km/l para o i30, 11 km/l para o Corolla, 10,5 km/l para o Civic
O estilo do i30 é 3 vezes melhor que do Corolla.
O estilo do i30 é 2 vezes melhor do que o Civic.
Os estilos do Civic e Corolla são equivalentes (lembre-se que para dados qualitativos não preciso ser totalmente consistente).
Como agora tenho 3 critérios, haverá três pares de comparação (serão as combinações de três critérios, dois a dois):
O Valor de aquisição é 3 vezes mais importante que o Estilo
O Valor de aquisição é 2 vezes mais importante que o Consumo.
O Consumo equivale em importância o Estilo.
Com base nestes dados, qual veículo você irá adquirir?
Cuidado: No exemplo dos três projetos, o maior VPL é o mais desejável. No caso do Valor de aquisição, o mais baixo é o desejável, e no caso do Consumo, como está medido em km/l, o maior é o desejável. Pense nisto ao montar as matrizes.
Priorização de cada modelo segundo os critérios, conforme AHP:
O preço de aquisição é claramente um dado quantitativo, porém temos eu identificar que o desejável (mais atrativo) é o MENOR preço. Então basta considerar a relação INVERSA:
O consumo é também um dado quantitativo, e como na realidade está expresso em km/l, quanto maior, mais atrativo. Neste caso, consideraremos a razão direta:
O estilo é claramente um critério subjetivo, o qual foi pontuado pelo usuário:
Priorização relativa dos Critérios, na AHP:
Considerando a prioridade relativa entre os critérios, estipulada pelo usuário, potencial comprador, teremos a seguinte matriz:
Montando a matriz das prioridades dos modelos de carros em relação aos critérios, teremos:
E considerando os pesos relativos de cada critério:
Teremos, para cada Modelo de Carro, a seguinte ponderação Critério x Prioridade (pode-se perceber que o resultado abaixo nada mais é senão o produto das duas matrizes):
Hyundai i30: 0,3647*0,5499 + 0,3175*0,2402 + 0,5499*0,2098 = 0,3922
Toyota Corolla: 0,3241*0,5499 + 0,3492*0,2402 + 0,2098*0,2098 = 0,3061
Honda Civic: 0,3112*0,5499 + 0,3333*0,2402 + 0,2402*0,2098 = 0,3016
Portanto, verifica-se claramente que considerando as priorizações relativas aos critérios, e a priorização entre os critérios, claramente o modelo de carro a ser escolhido pelo usuário, é o Hyundai i30.
Uma vez criado um modelo no Excel, percebe-se que facilmente pode-se fazer uma Análise de Sensibilidade, fazendo variar os critérios relativos, verificando quanto uma escolha é sensível a um determinado critério.
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