Improdutividade e Impeditividade
Improdutividade e Impeditividade: vimos recentemente um artigo do engenheiro e economista Luiz Estima, acerca destes temas, e os números associados a estas improdutividade e impeditividade assustaram muitos leitores do Blogtek. Iremos discorrer um pouco mais sobre o assunto. Se você quiser ser notificado dos próximos artigos, cadastre seu e-mail aqui ao lado, em Assine o Blogtek! SEU E-MAIL NÃO SERÁ USADO POR TERCEIROS.
Improdutividade e impeditividade – conceitos
Segundo o dicionário, improdutivo é o que não produz. No entanto, em termos de trabalho, improdutivo não é apenas o que não produz, mas o que produz abaixo do esperado.
Diversos fatores podem contribuir para diminuir a produtividade: logística dos serviços (deslocamentos, disponibilização de materiais, etc.), ineficiência dos trabalhadores ou de equipamentos, clima, greves, treinamentos, diálogos de segurança, necessidades físicas, e outros.
O professor Aldo Dores Mattos, mencionado pelo Estima (http://blogs.pini.com.br/posts/Engenharia-custos/o-impacto-das-impeditividades-no-orcamento-308154-1.aspx) também caracteriza o que chama de impeditividades: Muitos clientes públicos e privados caracterizam-se pelo rigor com que tratam questões de meio ambiente, qualidade, saúde e segurança do trabalho em seus contratos de obra. Essas companhias, entre as quais se destacam Petrobras, Vale e outros grupos industriais, impõem vários requisitos organizacionais no que diz respeito a contratação, treinamento, acesso ao local da obra, exames de saúde, rotinas de comunicação diária, etc.
Improdutividade e impeditividade – impactos
Quando é mencionada uma impeditividade da ordem de 37,5%, excluídos aspectos de clima, assusta muita gente. De fato, o número é elevado, porém há que se ter cuidado, pois nossas referências normalmente são de fábricas, com produção seriada, onde a produtividade é bem maior, pelas características do trabalho.
Em uma Obra, de montagem ou manutenção, a produção NÃO é seriada. Em determinados momentos, os soldadores estarão relativamente ociosos, pois andaimes estão sendo montados, chapas estão sendo transportadas e posicionadas… em outros momentos, os andaimes estarão montados, sendo necessário apenas pequenas modificações e adequações, e neste caso os montadores de andaimes estarão em relativa ociosidade.
Ou seja, há picos e vales nos histogramas de distribuição de recursos. Por isso mesmo, para diminuir estes picos e vales, é que se executa o processo de nivelamento de recursos, já mencionado aqui no Blogtek.
Evidentemente, cabe ao Gerente da Obra, seus supervisores, buscarem otimizar a alocação dos recursos, buscando atividades que possam ser executadas pelo pessoal mais ocioso em determinado momento. O Planejamento e Nivelamento de Recursos evidentemente não chega ao nível de detalhe do que ocorre o tempo todo na Obra. Ainda assim, haverá ociosidade.
Porém, ao planejar a Obra, com sua respectiva logística, é fundamental buscar diminuir estas improdutividades, como veremos a seguir.
Improdutividade e Impeditividade – minimizando os impactos
Muitos serviços em uma Obra são realizados em locais com dificuldade de acesso: altos, dentro de equipamentos, etc. Prover o máximo de apoio aos trabalhadores, disponibilizando, na medida do possível, água, café, adequada exaustão e ventilação, sanitários químicos, facilidades de acesso (elevadores, passarelas entre frentes de serviço) é uma maneira eficaz para reduzir a improdutividade.
O diálogo de segurança é importante, porém muitas vezes mal utilizado: longo demais, não focado nos aspectos de segurança das atividades que serão executadas naquele dia, muitas vezes se resumindo a orações (sem entrar no debate religioso, é importante notar que este não é o foco do diálogo de segurança). Então, é necessário treinar os supervisores para tornarem os diálogos de segurança curtos e eficazes.
Disponibilizar materiais de uso frequente na proximidade da frente de serviços, e antecipar a entrega de materiais que serão utilizados brevemente também contribui para a redução da improdutividade.
Improdutividade e Impeditividade – e o cigarro?
Há diferentes opiniões acerca de permitir ou não o fumo, principalmente em indústrias químicas e de petróleo.
Como não fumante, gostaria de poder optar por não permitir o fumo em um ambiente industrial. Porém, rendo-me ao pragmatismo, e reconheço a importância dos “fumadouros”.
É porque o vício do cigarro é tão forte que, se proibido, isto não irá fazer com que os fumantes não fumem, mas irão fazê-lo escondido, e certamente nos locais MENOS adequados e MAIS perigosos.
Eu pessoalmente participei de uma investigação de um acidente em que um grupo de serventes fazia a limpeza de um teto flutuante, em um tanque “Maracanã”, com capacidade de 550 mil barris. Subitamente irrompeu um fogo no chamado selo PW, que faz a vedação entre o costado e o teto flutuante. Evidentemente, não é uma vedação estanque e o fogo surgiu próximo à garrafa térmica de café, onde um dos serventes havia tomado um gole de café…. adivinhem!!! O fogo foi extinto pela atuação do sistema de espuma, e ao ser feita a apuração, encontrou-se um cigarro inteiro, pisado, mas via-se nitidamente que o cigarro tinha sido aceso…
Breve publicaremos artigos sobre o assunto. Se você quiser ser notificado dos próximos artigos, cadastre seu e-mail aqui ao lado, em Assine o Blogtek! SEU E-MAIL NÃO SERÁ USADO POR TERCEIROS.
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