FMEA e FMECA – análise do modo de falhas, efeitos e criticalidade
FMEA e FMECA: análise do modo de falhas, efeitos e criticalidade (FMECA). Temos visto aqui no Blogtek inúmeros artigos sobre causa básica, tais como 5 porquês, Análise de Causa Básica, What if, e agora iremos abordar uma ferramenta sistêmica para analisar, sob a ótica do hardware, os componentes físicos de um sistema, seus modos de falha, efeitos e criticalidade. Se você quiser ser notificado dos próximos artigos, cadastre seu e-mail aqui ao lado, em Assine o Blogtek! SEU E-MAIL NÃO SERÁ USADO POR TERCEIROS.
FMEA e FMECA – introdução
Na realidade, são duas técnicas totalmente similares. Costumamos dizer, corretamente, que FMECA = FMEA + criticalidade. Esta técnica foi desenvolvida em 1949 no âmbito militar norteamericano, depois foi incorporada pela NASA em 1960, e a partir de 1988 passou a ser intensamente utilizada na indústria, começando pela indústria automotiva, a qual começava a ser desafiada pela concorrência japonesa.
FMEA/FMECA é uma técnica de análise desenvolvida para ser aplicada principalmente a componentes físicos (hardware), com o objetivo de identificar em cada um dos componentes do sistema seus potenciais modos de falha, e avaliar os efeitos que estas falhas possam acarretar nos demais componentes e sobre o sistema (unidade fabril, equipamento, instalação, etc.). É uma forma de documentar de forma organizada e sistêmica os modos de falha e seus efeitos (e criticalidade).
FMEA e FMECA – inputs para a elaboração da análise
Item – designa qualquer parte, sistema ou subsistema que possa ser analisado individualmente.
Componente – elemento que constitui um item.
Função – é toda e qualquer atividade que o item desempenha, do ponto de vista operacional, descrito como verbo + substantivo. Por exemplo, caneta: armazenar tinta, escrever texto.
Modos de falha – exemplos
Falha durante a operação
Falha em entrar em ação quando necessário
Falha em parar sua atuação quando requerido
Efeitos da falha – exemplo
Efeito – motor não dá partida
Modo de falha – falha de um componente eletrônico
Causa – microprocessador com defeito
Causa – aqui se busca a causa básica, ou seja, processo químico ou físico, defeito de projeto ou qualidade, uso indevido ou outro processo que acarrete a falha, ou dê início ao processo que gera a falha. Causa básica, a qual removida cessa o risco de falha.
Severidade – como este é um critério subjetivo, há uma tabela para facilitar a atribuição de pontuação:
Marginal – falha sem efeito perceptível no sistema; não seria notado pelo cliente. Pontuação: 1
Baixa – falha com pequenos transtornos, pequenas variações de desempenho. Pontuação: 2 ou 3
Moderada – falha ocasionaria insatisfação razoável do cliente, e nota-se deterioração no sistema. Pontuação: 4 a 6
Alta: alto grau de insatisfação do cliente. Sistema não operacional, falha ainda não envolve riscos à segurança operacional ou não cumprimento de exigências legais. Pontuação: 7 ou 8
Muito alta: falha envolve riscos à segurança operacional e/ou não atendimento de requisitos legais. Pontuação: 9 ou 10
Probabilidade – é uma estimativa da probabilidade de ocorrência da falha, exemplificada na tabela a seguir:

FMEA e FMECA – tabela de probabilidade
Modos de detecção – medidas de controle implementadas no projeto ou no acompanhamento do processo, que auxiliem a detecção de falhas: controle estatístico de processo, técnicas de inspeção, etc.
Detecção – é a estimativa da possibilidade de detecção da falha, conforme tabela a seguir:

FMEA e FMECA – tabela de detecção
RPN – Risk Priority Number: é o produto da Severidade x Probabilidade x Detecção. Usualmente, seguem se os valores:
RPN < 125 Aceitável
125 ≤ RPN ≤ 200 Redução desejável
RPN > 200 Inaceitável
Ações para redução do risco – são as ações propostas, as quais podem (devem) ser desdobrados em um plano de ação, tipo 5W – 1H (What – Why – Where – Who – When – How). As ações para reduzir os riscos podem ser:
Reduzir a severidade:
Dispositivos de segurança
Limitar a capacidade
Uso de tecnologias diferentes
Melhorar a prevenção:
Maiores coeficientes de segurança
Sistemas em paralelo (stand-by)
Análise de tensões
Aumentar a detecção:
Mais ensaios
Mais inspeção
Monitoramento online
FMEA e FMECA – exemplo:
A tabela-resumo da análise FMEA/FMECA ficaria com o seguinte aspecto (exemplo):

FMEA e FMECA – exemplo
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