Curva J (jota) – a odisseia dos prazos impossíveis
A Curva J (jota): não, não se trata de nova ferramenta de controle de projetos, ou algo novo que tenha sido incorporado ao PMBoK Guide. Trata-se apenas de uma reflexão sobre os prazos com os quais nós, gerentes de projeto, temos que lidar. Se você quiser ser notificado dos próximos artigos, cadastre seu e-mail aqui ao lado, em Assine o Blogtek! SEU E-MAIL NÃO SERÁ USADO POR TERCEIROS.
Curva J – não existe no início do Projeto!!!
Ao ser definido um novo projeto, e o respectivo Gerente do Projeto, este irá, em função do escopo e recursos disponíveis, estimar o prazo requerido. No melhor dos mundos, o prazo requerido para a execução do Projeto será compatível com o prazo demandado pela Organização. Quando os deuses estão de bom humor, pode até haver uma folga, a qual o Gerente de Projetos utilizará para nivelar recursos e obter menores custos, ou utilizará como margem de segurança para o Projeto.
De posse do Cronograma, carregado de recursos, ou seja, com todas as atividades com os respectivos recursos alocados, o Gerente de Projeto irá construir a Curva de Avanço do Projeto, também denominada Curva S, devido ao seu aspecto: lenta evolução no início dos serviços, forte aceleração na etapa intermediária, e desaceleração e ritmo menos intenso na conclusão do Projeto.
A Curva S é extensamente utilizada como ferramenta de controle do Projeto, principalmente pela alta Administração, pois permite um “overview” do Projeto, sem necessidade de entrar nos detalhes.
Curva J – começam a escorregar os prazos…
A falta de recursos necessários, muitas vezes devido ao atraso de projetos concorrentes, a escassez de verbas, as dificuldades de formação de equipe, as incertezas e indefinições frequentes na fase inicial de projetos, começam a deslocar os prazos… no entanto, a alta administração não muda os prazos do Projeto como um todo, e a data de conclusão, o deadline do projeto continua o mesmo, e a Curva S começa a se deformar:
Os problemas continuam, as datas vão sendo adiadas (exceto a data final do Projeto…), e a curva, que tinha aspecto de um S, vai se deformando e não pode mais ser chamada de Curva S…a julgar pelo aspecto, diríamos tratar-se de uma Curva J!!!
Curva J – reflexões sobre prazos
Cabem aqui algumas reflexões para a alta administração das empresas, e os patrocinadores (sponsors) de Projetos:
Indefinições e Incertezas – ao início do Projeto, ao solicitar estimativa de Prazo, tenhamos o mínimo de indefinições e incertezas (de custo, escopo, recursos, verba…). Estas indefinições são as maiores causas de atrasos não mitigáveis.
Não existe varinha de condão – se não conseguimos evoluir a uma determinada taxa no passado, há alguma razão para conseguir uma taxa melhor de evolução para o futuro? Ou acreditamos que subitamente, ao final do Projeto, como uma varinha de condão, vamos alcançar a completude do escopo no prazo com uma meteórica ascensão quase vertical?
Prazos não são necessariamente “compressíveis”– se houvesse uma maneira de realizar o Projeto em prazo menor, e ainda com menores custos, creia-me, o Gerente de Projeto teria proposto este prazo e estes custos…ou pelo menos deveria!!!!
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