Curva do caminho crítico
Curva do caminho crítico – recentemente, li no Linkedin um post do jovem Márcio Sperandio Cott, que tem diversos artigos interessantes na área de Planejamento. O post se intitula: Estar fora da curva, não significa necessariamente que seu projeto atrasou. Aproveito a oportunidade para agregar alguns comentários, a respeito da curva do caminho crítico. Se você quiser ser notificado dos próximos artigos, cadastre seu e-mail aqui ao lado, em Assine o Blogtek! SEU E-MAIL NÃO SERÁ USADO POR TERCEIROS.
Curva do Caminho Crítico – as etapas do Planejamento
Ao planejar uma obra, um projeto, a sequência deve ser:
- Identificar as atividades (a Estrutura Analítica do Projeto auxilia a visualizar os pacotes de trabalho);
- Estimar prazos e recursos;
- Estabelecer as dependências entre as atividades.
Desta forma, teremos um cronograma com o seguinte aspecto:

Curva do caminho crítico – cronograma inicial
Ao visualizarmos o histograma de recursos, teríamos:

Curva do caminho crítico – histograma de recursos
Como dispomos de apenas 7 técnicos, vemos que há um pico no início dos serviços, para o qual a quantidade disponível de recursos é insuficiente. Então usamos as técnicas de nivelamento de recursos (leia mais aqui), e teremos o cronograma nivelado:

Curva do caminho crítico – cronograma nivelado
Após o nivelamento, o histograma de recursos tem o seguinte aspecto:

Curva do caminho crítico – histograma nivelado
E, a partir do cronograma nivelado, construímos a Curva de Avanço Físico, que é um importante instrumento para acompanhamento da Obra.

Curva do caminho crítico – curva de avanço
Curva do Caminho Crítico – o Acompanhamento do cronograma
Muitas vezes, não se investe no acompanhamento e atualização do cronograma, o que é um grave erro. NENHUMA obra ocorrerá exatamente como planejamos, por isso é fundamental acompanhar e atualizar o cronograma (Leia mais aqui, em Planejamento: via de duas mãos).
Desta forma, com a periodicidade definida, conforme a duração do projeto, vamos lançando a execução de atividades, e reprogramando as atividades. De tempos em tempos, geramos a Curva de Avanço Físico, Real x Planejado, que pode em determinado momento ter este aspecto:

Curva do caminho crítico – curva de progresso
De acordo com este gráfico, estamos todos felizes: o gerente do projeto, a equipe, o cliente. Mas…
A curva do real x planejado pode estar refletindo esta situação hipotética:

Curva do caminho crítico – andamento do projeto
Note que em grandes projetos, obras complexas, há o caminho crítico (aquele que não tem folga, qualquer atraso em atividades do caminho crítico irá criar atraso no projeto), e há diversos outros caminhos. Em montagem eletromecânica, usualmente o caminho crítico está na tubulação (pré-fabricação, montagem, ensaios, provas hidrostáticas, comissionamento), e há outras atividades em paralelo, por exemplo, Estruturas e Construção Civil.
Pelo gráfico acima, podemos ver que as atividades paralelas ao Caminho Crítico avançaram significativamente, porém o caminho crítico não.
Se, ao construir a Curva de Avanço Físico, tivéssemos também construído. Curva de Avanço do Caminho Crítico (pode dar um pouco de trabalho…), teríamos a seguinte curva:

Curva do caminho crítico
E, neste caso, ao lançarmos a execução de atividades do Caminho Crítico teríamos algo assim:

Curva do caminho crítico – avanço no caminho crítico
Ou seja, por enquanto o avanço real do projeto como um todo supera o planejado, mas não no caminho crítico. O que significa que breve esgotaremos as atividades em paralelo, e nos restará o caminho crítico, atrasado, e como tal, atrasará o projeto como um todo.
Portanto, o gerente de projeto deve, obviamente, olhar o projeto como um todo, porém precisa também estar atento ao caminho crítico.
Curva do Caminho Crítico – cuidado com as dependências
Se você olhar para o cronograma de acompanhamento do projeto, verá que algumas atividades têm avanço antes da conclusão de suas predecessoras. Isto é um erro. Na realidade, há dependências mandatórias (tais como montar um acesso antes de executar um serviço no pipe-rack), e outras não mandatórias (leia mais aqui).
Os softwares (por exemplo, Primavera e Project) permitem que se dê avanço em atividades antes da conclusão das predecessoras. Ou seja, considera que as dependências sejam não mandatórias. Há a possibilidade de tornar as dependências mandatórias (no Primavera, “Retain Logic”, no Project “Keep Project links”). Infelizmente, isto se aplica a todas as atividades, não há como definir algumas como sendo mandatórias, outras não.
Vale aí a experiência do planejador, que deve ter domínio sobre o software, porém também deve conhecer tecnicamente as atividades. Leia mais em “Planejar não é pilotar o Project”.
A cada semana, publicamos novos artigos aqui no Blogtek, sobre Gerenciamento de Projetos, Gestão da Manutenção, e tópicos sobre Liderança e Gestão. Também semanalmente publicamos um vídeo, os quais podem ser acessados em youtube.com/c/Blogtek. Para manter-se informado sobre os próximos artigos, cadastre seu e-mail em Assine o Blogtek!SEU E-MAIL NÃO SERÁ USADO POR TERCEIROS.
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