5 porquês – ferramenta para identificação da causa básica
5 porquês (5 Whys): vimos em recente artigo aqui no Blogtek a importância de identificar a causa básica (Análise da Causa Básica), ou seja, aquela que se for efetivamente corrigida, evitará o reaparecimento do problema, ao contrário das ações sobre as causas imediatas, que cuidam apenas dos sintomas. Os “5 porquês” é uma ferramenta simples e útil para isto. Se você quiser ser notificado dos próximos artigos, cadastre seu e-mail aqui ao lado, em Assine o Blogtek! SEU E-MAIL NÃO SERÁ USADO POR TERCEIROS.
5 porquês – conceito
O conceito fundamental é de que, acerca de um determinado problema, perguntar reiteradamente o “porquê” (evidentemente não é uma regra fixa de que devam ser 5 perguntas.. cinco é apenas um número bastante usual na utilização da técnica) irá remover as canadas de causas imediatas que cobrem e escondem a causa básica.
Um comentário linguístico: a rigor, a técnica deveria ser denominada “5 por quês” por tratar-se de pergunta, onde as duas palavras são separadas. No entanto, é mais comum encontrar a referência a “5 porquês”. Ademais, esta última forma facilita a busca na Internet, por considerar a palavra como um todo, e não duas palavras distintas (no Google, a busca por ..5 por quês… gera cerca de 120.000.000 de resultados, enquanto a busca por …5 porquês… gera cerca de 668.000 resultados).
A técnica se tornou bastante popular após a década de 70, com a intensa utilização da ferramenta pela Toyota, e posterior incorporação desta ferramenta nas práticas de “Six Sigma”.
5 porquês – vantagens de seu uso
A ferramenta se popularizou devido alguns benefícios imediatos:
- Permite identificar a causa básica do problema; para identifica-la, basta para cada resposta avaliarmos se a correção desta causa evitará o surgimento do problema: caso negativo, devemos mais uma vez fazer a pergunta “Por quê?”; caso contrário, identificamos a causa básica;
- Identifica claramente as relações entre as possíveis causas imediatas com a causa básica;
- Utilização extremamente simples; não requer uso de ferramentas estatísticas;
- Baixo custo;
- Comprometimento: pelo fato de ser uma ferramenta extremamente simples, permite o envolvimento de diversos níveis funcionais; a partir do envolvimento no problema e na busca de soluções, cria-se o comprometimento com a solução;
- Flexibilidade: sua utilização é compatível com o uso de outras técnicas de identificação de causa básica.
5 porquês – exemplos
Exemplo 1 – A máquina de usinagem por comando numérico vem falhando repetidamente.
1° porquê:
Por quê a máquina vem falhando?
Porquê a placa mãe está queimando frequentemente.
2° porquê:
Por quê a placa mãe tem queimado frequentemente?
Porquê ela está superaquecendo.
3° porquê:
Por quê a placa mãe está superaquecendo?
Porquê não está sendo adequadamente ventilada.
4° porquê:
Por quê não está sendo adequadamente ventilada?
Porquê o filtro de ar está sujo.
5° porquê:
Por quê o filtro de ar está sujo?
Porquê não há uma programação de manutenção preventiva informando as datas de limpeza de filtro. Isto evitará o ressurgimento do problema, sendo portanto a causa básica (falta de programa de manutenção preventiva).
Exemplo 2 – Óleo lubrificante está vazando da máquina
1° porquê:
Por quê o óleo lubrificante está vazando?
Porquê um selo rompeu.
2° porquê:
Por quê o selo rompeu?
Porquê entrou o óleo lubrificante está contaminado com rebarbas metálicas.
3° porquê:
Por quê o óleo lubrificante está contaminado com rebarbas metálicas?
Porquê um filtro do sistema de lubrificação se rompeu.
4° porquê:
Por quê o filtro do sistema de lubrificação se rompeu?
Porquê o filtro do sistema de lubrificação está mal posicionado.
5° porquê:
Por quê o filtro do sistema de lubrificação está mal posicionado?
Porquê houve uma falha de projeto. Reavaliar o projeto e realocar o filtro evitará o ressurgimento do problema, sendo portanto a causa básica (falha de projeto).
Exemplo 3 – Esta máquina não está produzindo o número previsto de peças
1° porquê:
Por quê a máquina não está produzindo a quantidade esperada?
Porquê a eficiência do processo é baixa.
2° porquê:
Por quê a eficiência do processo é baixa?
Porquê há perda de tempo no ciclo do processo.
3° porquê:
Por quê há perda de tempo no ciclo do processo?
Porquê há demora no carregamento das peças.
4° porquê:
Por quê há demora no carregamento das peças?
Porquê o operador da máquina tem que caminhar 5 metros para apanhar novas peças para reposição.
5° porquê:
Por quê o operador da máquina tem que caminhar 5 metros?
Porquê o layout está inadequado. Rever o layout de modo que as peças a serem repostas fiquem mais próximas da máquina aumentará a eficiência do processo, sendo esta portanto a causa básica (layout inadequado)
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